A Greve Geral de 14 de junho foi histórica e os servidores do judiciário federal em Pernambuco marcaram presença unidos ao Sintrajuf-PE. A adesão da categoria é reflexo do trabalho intenso da direção do sindicato, que dialogou com os colegas de sala em sala, em todos os locais de trabalho de grande concentração de servidores na capital, como as sedes da Justiça Federal, TRF, TRT e JF e também as Varas Trabalhistas da Imbiribeira. As bandeiras de defesa da democracia, da Justiça do Trabalho e da Previdência Pública e Solidária foram defendidas pela categoria durante a mobilização, sendo um ponto comum a todas as organizações.Para o presidente do Sintrajuf-PE, Manoel Gérson, “a defesa de tão relevante legado democrático e civilizatório, como é a previdência pública e solidária, diante de uma agenda ultraliberal e autoritária, exige a maior unidade de todo o povo, das centrais, dos sindicatos e dos trabalhadores entre si. Essa unidade está em construção e mostrou isso nas últimas mobilizações. Nós, servidores do PJU, precisamos ampliar a participação!”, avalia o dirigente sindical.A greve geral foi considera vitoriosa. A mobilização nacional atingiu o que se buscava: construiu um gigante Não à agenda ultraliberal agora levada, com traços autoritários, a cabo pelo Governo Bolsonaro e Guedes.
Fotos: Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas GeraisEm várias capitais a greve paralisou metrô, educação, ônibus parcialmente, metalúrgicos, bancários, rodoviários, etc. De acordo com o mapa produzido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), houve protestos em 380 cidades de norte a sul do país.
A greve geral foi o ponto forte de uma sequência de protestos que vem desde 1º de maio, o 8M, passando pelos atos e Greves em defesa da educação nos dias 15 e 30 do mesmo mês. As ações são fruto da luta unitária das centrais sindicais, movimentos populares e setores democráticos pela educação pública e contra a reforma da Previdência.Na internet, a #GreveGeral liderou a lista de “assuntos do momento” do Brasil na rede social Twitter. Entre 17h e 17h20, aconteceu uma mobilização virtual – “twittaço” – contra a reforma da Previdência, com a hashtag #BrasilBarraReforma.Esse processo de pressão popular vem emplacando conquistas lentas e ainda pontuais, mas vitórias: os recuos do Governo nos anúncios de cortes e contingenciamentos contra a educação; deputados com dificuldades e receios eleitorais por conta da aproximação do Pleito de 2020; e recuos do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) no relatório da PEC 06 (retirada da famigerada capitalização) apresentado na comissão especial. Outra vitória significativa é conseguir furar na marra o bloqueio midiático e pautar publicamente o ponto de vista crítico à reforma.
A unidade é a bandeira da esperança. A maior arma de defesa dos direitos da classe trabalhadora é sua ação unida. Segundo números das centrais, 45 milhões de pessoas participaram da greve em 380 municípios. A mobilização foi organizada por doze centrais unidas na luta, envolvendo frentes populares e setores crescentes da sociedade. A greve foi maior que a de 2017 e foi a maior movimentação deste ano.
Por um Judiciário mais democrático!Democracia e liberdade sindical andam juntas. Não é papel de setores do Judiciário afrontar o direito de greve e organização. Decisões judiciais como a que exigiu a manutenção de 80% (metrô de São Paulo) dos serviços; de Pernambuco, que determina 100% da frota de trens em funcionamento, e a determinação da administração do TRT-2, que ameaça e desrespeita o direito garantido pelos artigos 9º e 37º da Constituição Federal, devem ser combatidas.Por outro lado, é essencial e de grande importância ressaltar a ação de juízes do lado da democracia, como o desembargador Jorge Luiz Souto Maior, que diante de pedido patronal (empresas de ônibus), decidiu fixar multa de R$ 1 milhão por cada ato “antissindical” praticado por empresas para tentar impedir a paralisação dos sindicatos que aderiram à greve geral. “A greve efetiva não é o vazio. É a forma que os trabalhadores elegem para que sua voz seja ouvida”, diz o trecho do despacho favorável ao Sindicato dos Motoristas em Transporte Rodoviários e Anexos do Vale do Paraíba e Região.O papel que o Judiciário vem desempenhando frente às mobilizações populares e ao direito de greve, bem como frente ao processo de declínio da Democracia e dos direitos sociais demanda uma reflexão do movimento sindical e a construção de uma pauta de democratização do Poder.
Pressão contra a PEC 06Agora é hora de garantir a manutenção dos avanços do relatório do deputado federal Samuel Moreira na Comissão Especial e no Plenário da Câmara dos Deputados. É hora de intensificar mais ainda a luta para derrotar a reforma da previdência (PEC-06).O Sintrajuf-PE fará uma campanha informativa sobre as modificações na reforma da previdência. A direção também realizará ações de publicidade com outros sindicatos nas redes sociais e outros meios. O sindicato conta mais do que nunca com a necessária participação de todos os servidores e todas as servidoras para derrotar tamanho retrocesso.Vamos ampliar o apoio ao abaixo-assinado das centrais e preparar um material para entregar aos deputados de Pernambuco. Vamos pressionar os parlamentares enviando mensagens.
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Algumas reportagens continuam deturpando realidade salarial no serviço público e impedindo um debate justo sobre a importância do segmento. Diante disso, já está em análise pela Assessoria Jurídica Nacional as ações que poderão ser tomadas, além do pedido de direito de resposta.
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Um trabalhador perdeu uma causa que movia contra a firma contratante, foi condenado a pagar os honorários do advogado da empresa no processo, provou que não tinha dinheiro para pagar e acabou sendo condenado a prestar serviços comunitários em uma instituição designada pelo empregador.
Constituição cidadã: 32 anos. Defender e reconstruir
Hoje, 5 de outubro, a Constituição de 1988 completa 32 anos. Essa lembrança tem tudo a ver com as ameaças que os servidores e demais trabalhadores enfrentam neste 2020.