A França deu ao mundo um exemplo de mobilização sindical e conseguiu que fosse retirado do texto da Previdência daquele país a mudança de idade mínima de 64 anos para aposentadoria integral. Ao contrário da reforma realizada no Brasil, sem discussão pública e com pouca transparência de dado sobre as contas, o governo francês negociou como contrapartida com sindicatos e empregadores identificar soluções que possam equilibrar as contas previdenciárias.
Mas não foi fácil. A atuação dos sindicatos e os protestos dos franceses foram determinantes para o recuo do governo francês, que se viu obrigado a negociar com os trabalhadores. Os serviços públicos e todo o sistema de transporte estavam praticamente parados há mais de um mês (38 dias).
Macron assumiu o cargo em 2017 com a promessa de eliminar 120 mil empregos do setor público. Agenda similar à reforma administrativa que o governo Bolsonaro prepara este ano.
Cerca de 80% dos contribuintes da França estão sob o regime geral, cuja a regra permite a aposentadoria integral com 62 anos, mediante 41 anos e 6 meses comprovados de contribuição.
No Brasil, a reforma da Previdência extinguiu a aposentadoria por tempo de contribuição e a idade mínima para aposentadoria integral é de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres.
GREVE 18 DE MARÇO
A mobilização sindical deve ser reforçada em 2020 e a ida às ruas se torna a melhor arma da categoria. O Sintrajuf-PE enfatiza a importância da paralisação geral do dia 18 de março. Além disso, continuaremos pressionando deputados federais e senadores contra o desmonte do serviço publico.
Foto: Reuters/Gonzalo Fuentes
Sintrajuf-PE divulga curso de formação sobre reforma trabalhista
O Sintrajuf-PE apoia em parceria o curso de formação sobre a reforma trabalhista promovido pelo Sindiquinze, Aojustra e Escolas Judiciais do TRT15 e do TRT2. O curso reúne 18 horas-aulas, em seis encontros, e valerá para adicional de qualificação (AQ).
Reforma administrativa cria 200 mil empregos precários para agradar Centrão
Cálculos oficiais indicam que a reforma administrativa poderá criar mais de 200 mil cargos precários no Governo Federal, que poderiam ser preenchidos sem concurso público.
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