Continua a campanha do SINTRAJUF-PE de arrecadação de doações em favor da limpeza do petróleo nas praias e mangues de Pernambuco e em favor das trabalhadoras e trabalhadores que vivem das atividades relacionadas com o litoral.A ideia é ampliar a rede de apoio para tentar minimizar os danos causados pela catástrofe ambiental.
As doações de equipamentos ou víveres podem ser entregues na sede do sindicato (Rua do Pombal, 52 – Santo Amaro) e as doações em dinheiro devem ser depositadas, com identificação através do CPF, nas contas do Banco do Brasil (Ag. 1836-8 e cc – 150094-5) e Caixa Econômica (Ag. 0923 cc – 2701-7 Op. 013).
Entre os materiais solicitados estão equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas grossas, botas (galochas), máscaras e protetor solar, além de pás, sacos de ráfia - que tem fibra resistente - água mineral, alimentos não perecíveis e óleo de cozinha, usado para remover os resíduos da pele dos voluntários.
Trabalhadores afetados por tempo indefinidoA catástrofe ambiental segue sem explicações e sem enfrentamento concreto por parte do governo e causando danos ao meio ambiente e às populações do litoral, cujas dimensões e o prazo de duração não puderam ainda ser identificados.
Não há informação suficiente sobre os níveis de contaminação de praias, águas, solo marinho, fauna e dos mangues, bioma de imensa relevância para a vida marinha e para a atividade econômica e sobrevivência das trabalhadoras e trabalhadores. Os impactos podem perdurar por décadas.
O Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) denunciou em audiência na ALEPE que essas populações estão à beira da fome com a queda da sua atividade econômica tradicional, que atinge até localidades onde o óleo não apareceu. A anunciada antecipação do “defeso” da lagosta atende pequena parcela dos afetados, excluindo atividades pesqueiras, marisqueiras e turísticas.
O site Marco Zero Conteúdo divulgou que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), através do Laboratório de Saúde Ambiente e Trabalho (Lasat), do Instituto Aggeu Magalhães, recomendou que por precaução as pessoas não consumam pescados e mariscos e não façam uso recreativos das praias.
O desmonte de serviços públicos potencializa o desastreA Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) não tem estrutura para realizar as pesquisas necessárias sobre os impactos do desastre ambiental, que vêm sendo empreendidas pela UFPE em parceria com a USP.
O governo federal demorou 41 dias para acionar o Plano Nacional de Contenção (PNC) do óleo, até agora não há nem protocolos oficiais que orientem a limpeza nas praias, manguezais e rios contaminados e não identificou as causas do desastre ou se ele continuará se reproduzindo. A Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal, determinou à União e ao Ibama a adoção de providências.
Esses protocolos de limpeza e outras medidas são estabelecidas por comitês de planos de ação, mas, na sanha ultraliberal de desmonte dos serviços e instrumentos públicos, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) extinguiu no início do ano o comitê responsável por articular as providências para desastres com óleo, potencializando os danos. O governo sequer convocou o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).
As equipes disponibilizadas pelo poder público são insuficientes para investigação e limpeza propriamente dita, reinando a completa negligência ou improvisação. Os poucos integrantes do Exército engajados na limpeza, por exemplo, vêm usando os materiais de proteção doados pela população.
A limpeza das praias vem sendo realizada por voluntários, por trabalhadores e suas famílias, incluindo crianças, todos expostos a substâncias tóxicas sem proteção ou orientação adequada. São vários os relatos de voluntários com dores de cabeça, náuseas, tonturas, ardor nos olhos, dermatites, insônia, problemas respiratórios e queimaduras.
Informação alternativaA cobertura dos veículos empresariais de comunicação vai abandonando a situação do litoral nordestino, passada a fase superficial do óleo visível sobre as praias. É pequena e superficial a oferta de informação à população sobre a extensão e consequências do desastre e atuação do poder público.
Em Pernambuco, destacamos a cobertura especial feita pelo site Marco Zero Conteúdo, na série Óleo no NordesteA Pública, Agência de Jornalismo Investigativo independente publicou reportagem sobre a situação difícil do Quilombo das Mercês, em Ipojuca, afetado pelo vazamento de óleo.Fontes: Marco Zero Conteúdo, A Pública, Folha PE, Uol.
Fotos: Jornal do Commercio e Diario de Pernambuco
TRF5 promove encontro sobre prevenção e enfrentamento do assédio e discriminação
O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) sediará, no dia 09 de maio, das 8h30 às 18h, o I Encontro Regional das Comissões de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Discriminação.
Acesso à informação: Sintrajuf-PE busca dados sobre verba de pessoal no TRT6
O Sintrajuf-PE solicitou informações detalhadas ao Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) sobre as medidas de contenção de gastos recentemente recomendadas pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) através do Ofício Circular n.º 07/2024.
Nota de pesar
O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário da União em Pernambuco – Sintrajuf-PE expressa profundo pesar pelo falecimento do servidor José Paiva de Lima Filho, agente da Polícia Judicial, lotado no núcleo de Polícia Judicial do Interior e RMR, que desempenhava suas funções no Fórum de Igarass