Os servidores públicos federais no que depender do Governo Federal devem ficar, pelo menos, três anos sem reajustes salariais. Jair Bolsonaro e Paulo Guedes continuam o processo de desmonte do serviço público e a precarização das condições de trabalho. Para isso, utilizam como pretexto a contenção de gastos com o pessoal. A ideia é reduzir salários, aposentadorias, acabar com serviços públicos, além, é claro, de dificultar o acesso à justiça pelo trabalhador.
O argumento do governo é que os salários iniciais das carreiras de Estado são altos (entre R$ 14 mil a R$ 19 mil) e também a rapidez com que esses servidores chegam ao teto salarial da carreira. É uma justificativa falsa pois desconsidera especificidades das carreiras e circunstâncias adversas nas quais elas estão inseridas.
Quanto aos concursos públicos foi publicada no Diário Oficial de sexta-feira (30), a Instrução Normativa Nº 2 (AQUI), que condiciona à prévia autorização do Ministério da Economia, para realização de concurso e provimento de cargos no Poder Executivo federal. A medida, na prática, pretende facilitar a demissão de funcionários e faz parte da reforma administrativa que o governo enviará ao Congresso Nacional.
Por outro lado o governo avalia flexibilizar as regras de contratação de novos servidores públicos. Está em estudo, por exemplo, a contratação de celetistas e de funcionários temporários via concurso. A medida também faz parte da reforma administrativa. Terceirização em larga escala a toque de caixa.
Vai piorar
E não é só. A Comissão de Assunto Sociais do Senado Federal aprovou, em julho, o parecer da relatora senadora Juíza Selma (PSL/MT) ao PLS 116/2017 - que trata da demissão de servidor público por insuficiência de desempenho. Foi aprovado, também, requerimento de urgência para que o projeto passe diretamente ao plenário.
O projeto se configura numa das piores ameaças à impessoalidade, à moralidade e eficiência do serviço púbico, ao permitir que a “avaliação de desempenho” seja feita por funcionário não concursado, possibilitando o assédio ao servidor para obtenção de vantagem política ou financeira.
O relatório da senadora Juíza Selma além de apontar critérios subjetivos para a avaliação do desempenho do servidor, rejeitou todas a emendas e desconsiderou pontos importantes como: não prever um representante do movimento sindical na defesa do servidor; considerar fatores intermitentes para avaliação do servidor deixando a análise de habitualidade da conduta de lado; não prevê treinamento com critérios objetivos para as chefias imediatas e demais membros da comissão de trabalho sem que envolva questões pessoais; e outros.
Sem direitos trabalhistas
Outro tiro de morte contra os trabalhadores está sendo gestado neste momento através de um grupo de estudos sobre direito do trabalho e “modernização” da legislação trabalhista.
O grupo será comandado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Filho e contará com a participação de outros ministros do governo e de mais magistrados. O objetivo é criar mecanismos que diminuam, consideravelmente questionamentos judiciais – eufemismo para impedir que o trabalhador questione judicialmente os patrões. A medida complica ainda mais e reduz a possibilidade de organização coletiva.
O momento deixou de ser grave e já é gravíssimo. Organizar-se e se mobilizar é condição preponderante para barrar os retrocessos. Ainda há tempo.
Fonte: Fenajufe
Sintrajuf-PE lamenta falecimento do padre e militante Reginaldo Veloso
O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário da União em Pernambuco – Sintrajuf-PE expressa profundo pesar pelo falecimento do padre Reginaldo Veloso, 84 anos, referência na luta em defesa do povo e da democracia.
Nada garantido! Bolsonaro recua e diz que reajuste de 5% não está definido
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou atrás e disse, nesta quinta-feira (19/5), que o reajuste no valor de 5% a todos os servidores públicos do país ainda não está definido.
Sintrajuf-PE busca garantir reposição em caso de quintos por decisão administrativa e VPNI de Oficiais de Justiça
A luta por reposição avança ainda cheia de incertezas. Uma das dúvidas levantadas afeta servidores com quintos conquistados por decisão administrativa e com VPNIs por funções de execução de mandados – trata-se de saber se ocorrerá por meio de revisão geral (art. 37, X, CF88), caso em que deve incidi