A XXI Plenária da Fenajufe começou, na noite da quinta-feira, 9, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, com um chamado à mobilização e à participação nos protestos previstos para esta sexta-feira. O dia nacional de mobilizações e paralisações tenta recolocar nas ruas a luta contra as reformas e projetos do governo Temer e de seus aliados.Nos discursos da mesa de abertura – na qual falaram convidados representando entidades e organizações locais e estrangeiras e dirigentes da Federação – foi destacada a necessidade de construir uma forte reação dos trabalhadores à sequência de ataques do governo à classe. Foi elogiada a decisão da direção de alterar a programação da Plenária para que os delegados e observadores participem do ato unificado, a partir das 16h, no centro de Campo Grande. “É simbólico que a gente tenha alterado hoje [quinta] pela manhã a programação, por consenso, para participar do ato geral, aqui em Mato Grosso, [na mobilização] que vai acontecer em todo o país”, disse Cristiano Moreira, diretor da Fenajufe e do Sintrajufe-RS, sindicato da categoria no Rio Grande do Sul. O servidor observou que a direção da Federação não tem conseguido dar à categoria as respostas necessárias que o momento exige e, com frequência, perde-se em questões menores. “Não temos respondido a esses desafios à altura nos nossos últimos encontros”, disse. “Estamos sofrendo um conjunto de ataques que não deixam dúvida sobre qual o nosso desafio nessa plenária. O nosso desafio aqui é preparar a resistência e a luta contra esses ataques”, defendeu. Reforma Trabalhista Representante do Comitê Estadual Contra as Reformas do Mato Grosso do Sul, Elvio Vargas saudou a decisão de participar do ato unificado em Campo Grande – “vamos nos sentir honrados com a presença de vocês”, disse –, ressaltando que os protestos acontecem num momento negativamente marcante na história do país: véspera da entrada em vigor das mudanças na legislação laboral. “O que esse governo fez com os trabalhadores em tão pouco tempo acho que a maioria ainda não conseguiu assimilar: a reforma trabalhista vai trazer um empobrecimento da população. Assim como a da Previdência, ela vem apenas para atender ao capital”, disse. O coordenador da federação Rodrigo Carvalho pontuou que a aprovação da Emenda Constitucional 95, em novembro de 2016, que congela o orçamento dos serviços púbicos, foi um marco no início da escalada da retirada de direitos por parte do governo Temer. Ele observou que o prazo trabalhado pelo Planalto para a aprovação da reforma da Previdência e outros projetos impopulares não é a eleição de 2018, mas dezembro deste ano, o que faz decisivos esses dois meses. “Qualquer dia que a gente conseguir parar, brecar ou atrasar a máquina das reformas é uma vitória”, disse. Centrais Representantes de duas centrais sindicais estiveram presentes à abertura da Plenária – a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores), que fizeram uma saudação aos participantes da Plenária. “Hoje mesmo a imprensa anunciou que o governo reuniu todos os seus líderes para apresentar a reforma da Previdência”, disse Genilson Duarte, da CUT, ao defender que os trabalhadores ultrapassem as questões específicas e atuem juntos,em pautas mais amplas e comuns. O servidor Suél Ferranti, da CSP-Conlutas, parabenizou a Federação por colocar na mesa de abertura representantes de entidades dos trabalhadores do setor da Argentina e do Uruguai. “O ataque não é só no Brasil, é na Argentina, no Uruguai, e a luta tem que ser unificada não só no Brasil como [no mundo]”, disse, ao defender ainda a unidade entre trabalhadores do campo e da cidade, do setor privado e público, para impedir a retirada de direitos. A servidora Mara Weber, do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul e da coordenação da Fenajufe, também mencionou a necessidade de construir a unidade na mobilização entre os trabalhadores não apenas no Brasil. “A gente precisa unir o continente e também o mundo contra esse projeto neoliberal que está em curso”, disse. Ela afirmou ainda que a atuação conjunta precisa ser construída, apesar das diferenças. “A gente precisa por demais de unidade e a unidade só se dá com enfrentamento fraterno das divergências e [sabendo-se] que o inimigo não está aqui dentro, está lá fora”, disse. Secretário-geral da Federação Judicial Argentina, José Luis Ronconi disse que a retirada de direitos dos trabalhadores é um processo mundial que precisa ser enfrentado globalmente. “Amanhã [sexta] estaremos mobilizados, no Brasil, contra Temer, na Argentina, contra [Maurício] Macri, que fizeram reformas que atacam os direitos dos trabalhadores”, disse. O representante da federação argentina mencionou os 100 anos que a Revolução Russa faz esse ano e, ao mencionar a efeméride, disse que é tarefa dos trabalhadores construir outro modelo de sociedade que se oponha ao capitalismo. “Inimigo é externo”’ Anfitrião do evento, o servidor Antônio Medina, da direção do sindicato no estado (Sindjufe-MS), disse que estava emocionado em receber os delegados e delegadas que se dirigiram ao Mato Grosso do Sul para participar do encontro. “É um prazer recebê-los aqui. Vocês não sabem a emoção que estou sentindo nesse momento. Há muitos anos estou aprendendo com vocês, estou aprendendo até hoje e quero aprender mais: o nosso inimigo não é interno, temos que aparar as arestas e lutar pelo servidor”, disse.
Quintos não entram na pauta de ontem no STF; Servidores realizam protesto pela manutenção do direito
Servidores do PJF e MP realizaram na quarta, 18, ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pressionar ministros do Tribunal a votarem pela manutenção dos Quintos/Décimos incorporados, que estava pautado para ontem na casa. Mas o Recurso Especial acabou não sendo incluído na pauta do dia.
Quintos podem ser pautados em qualquer sessão do STF
Os nove embargos de declaração pendentes sobre os quintos podem ser apreciados pelos onze ministros do Supremo Tribunal Federal em qualquer uma das próximas sessões.
Sintrajuf convoca assembleia no TRE para discutir alteração no horário de funcionamento do tribunal
O Sintrajuf/PE convoca os servidores da Justiça Eleitoral para uma Assembleia geral na segunda-feira, 23 de outubro, às 16h, na sede do TRE (hall de entrada). No encontro será discutida a alteração e padronização do horário de funcionamento da casa.