Michel Temer (MDB) deu duas declarações preocupantes neste início de semana. Em almoço com empresários nos Estados Unidos e, depois, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Temer voltou a defender a reforma da Previdência e avaliou que, após as eleições, sem a pressão por dialogar com o eleitorado, os parlamentares podem se sentir mais livres para votar a medida, que traria graves prejuízos aos trabalhadores brasileiros.
A primeira declaração foi dada durante discurso na Câmara de Comércio dos Estados Unidos (US Chamber of Commerce). Ali, utilizando o pretexto do alegado (e falso) déficit previdenciário, Temer garantiu que irá procurar o presidente eleito em outubro para discutir uma possível votação da reforma.
Sutilmente, admitiu que a impopularidade da reforma impediu a votação até aqui, já que muitos parlamentares que são favoráveis ao projeto que acaba com o direito de milhões de brasileiros à aposentadoria concorrem nessas eleições e poderiam perder votos caso admitissem suas posições: "Acho que pode ser que seja possível [a aprovação], porque os deputados e senadores não terão aquela preocupação legítima de natureza eleitoral", disse Temer. Depois, em entrevista à EBC, admitiu até mesmo que pode suspender a intervenção militar no Rio de Janeiro para votar a reforma da Previdência, uma vez que para que seja votada uma alteração constitucional não é permitido que haja intervenção em andamento. A intervenção está prevista para terminar em 31 de dezembro de 2018. De acordo com Temer, a decisão vai depender de conversações entre o 1º e 2º turnos das eleições (7 e 28 de outubro) e também da vontade de seu sucessor.
Desde a apresentação da proposta de reforma da Previdência pelo governo Temer, o Sintrajufe/RS tem estado à frente da construção das lutas contra a reforma. Os trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul se mobilizaram em diversos momentos, no último período, no estadoe em Brasília, para barrar mais esse ataque aos direitos dos trabalhadores. Até aqui, esse objetivo foi alcançado. Mas as novas declarações de Temer, bem como a intenção expressa por alguns candidatos à presidência da República de levar adiante uma reforma da Previdência – esta mesma de Temer ou outra – nos coloca novamente em alerta.
É preciso que a categoria esteja atenta a essa ameaça e, independentemente de quem vença a eleição, pronta para retomar a mobilização que até aqui foi vitoriosa e que precisará ser ainda mais forte para seguir garantindo o direito dos trabalhadores brasileiros à aposentadoria.
Fonasefe aponta para unidade dos servidores contra a reforma administrativa
A categoria foi representada pela Fenajufe no Fonasefe, intitulado “O governo Bolsonaro, suas políticas e as consequências para a democracia brasileira”. O encontro defendeu a unificação em defesa do funcionalismo contra a reforma administrativa.
Marcha das Margaridas: uma semente de luta plantada há 20 anos.
Marcha relembra data do assassinato da primeira mulher a lutar pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras do campo. A cada ano a marcha aglutina mais mulheres.
TRE inicia trabalho presencial. Sintrajuf-PE reitera posição em defesa do teletrabalho
Sintrajuf-PE protocolou ofício urgente reiterando os pleitos aprovados em assembleia quanto à manutenção do teletrabalho onde for possível após atividades presenciais no TRE-PE