O ministro do STF Luiz Fux deixou a presidência do Tribunal Superior Eleitoral nesta terça-feira, 14, sem ter contribuído para fazer avançar a pauta de reivindicações dos servidores. Durante os seis meses em que presidiu o Tribunal, Fux sequer se pronunciou sobre a instalação da mesa de negociação demandada pela categoria para debater com os tribunais superiores a questão salarial, a carreira e as condições de trabalho.
Outra reivindicação da categoria, o reajuste dos auxílios alimentação e creche, foi apenas parcialmente atendida em junho, quando os tribunais superiores publicaram portaria conjunta corrigindo os benefícios em 2,95%, equivalente ao IPCA do ano passado. Os servidores reivindicavam também a aplicação do IPCA de 2016, de 6,29%, que acabou não sendo repassado aos auxílios. Não consta que Fux tenha se movimentado por qualquer reajuste.
Essas e outras demandas faziam parte da pauta de reivindicações com que dirigentes do Sintrajud voltaram a cobrar o ministro em 23 de abril, quando ele compareceu a uma solenidade no TRE de São Paulo .
Na ocasião, os dirigentes também defenderam a necessidade de o TSE atuar pela aprovação, no Senado, do Projeto de Lei 93/2017, que cria 225 cargos efetivos no Regional, sendo 96 de analista judiciário e 129 de técnico, além de 24 cargos em comissão e 121 funções comissionadas. A proposta havia sido rejeitada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), e até hoje não foi votada pelo plenário.
Fux tampouco deu qualquer resposta ou encaminhamento à reivindicação da jornada de trabalho de seis horas diárias no TRE de São Paulo (já adotada em outros 18 regionais eleitorais) e ao pedido de abertura de debate nacional sobre a autogestão de planos de saúde.
Relator dos processos sobre o auxílio moradia dos juízes no STF, também vem mantendo há quatro anos o pagamento da parcela que agora é negociada por associações de magistrados para ser incorporada aos salários como parte do reajuste de 16,38% recentemente autoconcedido pelos ministros do Supremo à categoria, somado a um adicional por tempo de serviço que pode ser criado por meio de lei específica.
As entidades representativas dos servidores cobrarão mais espaço de diálogo com a ministra Rosa Weber, que substitui Fux na presidência do TSE a partir desta terça-feira até maio de 2020. Apesar dos posicionamentos da ministra na Corte Suprema contra os quintos e o direito à indenização pelo descumprimento da data-base. Também tomam posse no tribunal os ministros Luís Roberto Barroso, como vice-presidente, e Jorge Mussi, que é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e será o novo corregedor-geral eleitoral.
Além de deixar a presidência do TSE, o ministro Luiz Fux também deixa de ser membro do Tribunal e sua vaga será ocupada pelo ministro Edson Fachin.
Sintrajuf-PE aciona Febraban para suspender cobrança de consignados
O Sintrajuf-PE oficiará a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para promover junto às instituições financeiras a suspensão dos empréstimos consignados, com a isenção dos juros ou sem acréscimo no custo efetivo total.
Paulo Guedes volta a ameaçar servidores públicos em meio à pandemia
Guedes voltou a atirar contra os servidores públicos. Segundo ele, os salários ficariam congelados por pelo menos um ano e meio, pois o funcionalismo não pode “ficar em casa trancado com a geladeira cheia assistindo à crise (do Coronavírus), enquanto milhões de brasileiros estão perdendo o emprego”.
Sindicato recebe informações da base e age para garantir proteção nos Fóruns Trabalhistas
O Sintrajuf-PE, provocado por servidores da base, encaminhou ofício Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) solicitando a averiguação e resolução sobre a atuação de trabalhadores terceirizados em Fóruns Trabalhistas sem os devidos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).