“Meu trabalho tem valor, minha saúde não tem preço” foi o tema da palestra que o Sintrajuf/PE realizou na tarde da quinta (19), na sala do pleno do TRE. Tema delicado, o assédio moral foi abordado durante toda a tarde como palestrante o psicólogo e educador do Fundacentro (Ministério do Trabalho), José Hélio Lopes Batista. Estavam presentes ao evento também a diretora geral do tribunal, Isabela Landim, e o secretário de gestão de pessoas, Antônio Nascimento. Na oportunidade, foi apresentado aos servidores o novo aplicativo do sindicato. 

Euler Pimentel, presidente do Sintrajuf, abriu o evento afirmando que essa realidade (do assédio) é muito séria e atinge trabalhadores de todos os setores, inclusive do judiciário. “Precisamos cuidar e trabalhar para garantir e criar ferramentas de combate ao problema, pois todos precisam de qualidade de vida e um ambiente saudável de trabalho”, ressaltou o sindicalista. 

Antes de começar a palestra, Isabela Landim falou para os presentes. Para ela, o assunto “está na crista da onda, por isso o tribunal deu todo o apoio ao sindicato para realização do evento, que, segundo a diretora, foi uma ótima ideia da direção do Sintrajuf/PE. Ela também falou sobre a atuação da comissão de ética do TER que trabalha para reduzir problemas do tipo.

José Hélio Lopes Batista abriu a fala elogiando o Sintrajuf/PE por sair à frente em discutir a saúde do trabalhador e o assédio moral, que é um item dentro do referido campo. O especialista informou que trabalho deve proporcionar realização, ser transformador e dar segurança e não causar sofrimento e provocar exploração. “é das relações e questões subjetivas que vem os motivos do adoecimento, dos transtornos que hoje já são a terceira causa de afastamento do trabalho, segundos dados do Ministério da Previdência”. 

Ainda segundo o pesquisador, passamos mais tempo no trabalho que nas nossas casas. O que afetam as pessoas nos ambientes de trabalho são as relações de poder na sociedade e nas empresas. Embora o CNJ tem resolução que garante uma política de ação integral da saúde do trabalhador, mas o desafio é sair do papel para a prática, avalia José Hélio. 

Transtornos alteram o desempenho da pessoa em vários aspectos da vida, como trabalho, por exemplo. Gatilhos para isso, segundo o psicólogo, podem ser pressão, critérios de produtividades que desconsiderem a realidade do local, número reduzido de servidores, relacionamentos ruins, desequilíbrio entre esforço e recompensa, por exemplo. 

O que fazer para combater? Conversar na presença de alguém, criar uma rede de proteção, coletar e guardar provas e buscar ajuda na empresa ou no sindicato. Casos graves podem configurar rescisão indireta do contrato e até danos morais. 

Ao final da palestra vários servidores deram seus depoimentos sobre o assunto e desabafaram sobre questões relativas à assédio moral e sexual. 

O sindicato sorteou duas agendas da agência de Turismo Pontes Tour e uma diária no Mar Hotel.