Os ministros do Supremo Tribunal Federal não chegaram a retomar o julgamento da ação referente à data-base dos servidores públicos. A sessão plenária desta quarta-feira (20) foi finalizada, por volta das 18h15min, sem entrar na apreciação do Recurso Extraordinário 565.089/SP. Servidores e advogados das entidades sindicais nacionais representativas do funcionalismo devem retornar ao STF a partir das 14 horas desta quinta (21).
Ao encerrar os trabalhos, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, disse que a sessão do dia seguinte seria iniciada do ponto em que a de quarta parou: a análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4451, na qual a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) contesta dispositivos legais que impedem as emissoras de veicular programas que degradem candidatos nos três meses que antecedem as eleições.
Vencido esse ponto, caso não haja alteração na ordem da pauta, entrariam dois recursos relacionados à própria ação da data-base e, em seguida, o Recurso Especial (RE) 565089, movido por servidores estaduais de São Paulo, que cobra o pagamento de indenização por danos causados pelo desrespeito à revisão anual dos salários prevista na Constituição Federal.
Pressão
Servidores públicos acompanharam, dentro e nas imediações do Supremo Tribunal Federal, a sessão plenária desta quarta (20). Dirigentes de sindicatos e da Fenajufe compareceram à sessão, assim como o advogado Cezar Britto, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, que assessora a entidade nacional da categoria. O presidente do Sintrajuf/PE, Euler Pimentel, o diretor José Carlos Leal e os servidores Antônio Feitosa, Antônio Machado Neto e Antônio Queiroz acompanharam a sessão.
Alguns servidores conseguiram fazer contato com ministros no intervalo e ao final da sessão. Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux ouviram do coordenador da Fenajufe Adilson Rodrigues pedido de especial esforço para garantir o voto e a conclusão do julgamento. Lewandowski, que ainda votará na ação, disse estar sensibilizado com a questão. Marco Aurélio e Fux, que já votaram favoravelmente aos servidores, disseram saber da importância da ação para o funcionalismo e reafirmaram o posicionamento já expressado nos respectivos votos. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, também ouviu da servidora Tâmisa, do Judiciário Federal de Minas Gerais, solicitações para que a matéria fosse apreciada.
Vigília
Em frente ao prédio do STF, cerca de 250 trabalhadores realizaram vigília ao longo da tarde. Na véspera, manifestações com representações nacionais do funcionalismo aconteceram no Ministério do Planejamento e no próprio Supremo, onde os trabalhadores defenderam o direito à data-base. A mobilização pela revisão anual de salários está colada à outra: a defesa da revogação da Emenda Constitucional 95, que determina o congelamento do orçamento da União para praticamente todas as despesas, fora o pagamento de juros e amortizações das dívidas públicas, até 2036.
A ação
O processo estava paralisado por conta de pedido de vista do ministro Dias Tóffoli. Os ministros Marco Aurélio (relator), Cármen Lúcia e Luiz Fux já haviam votado favoravelmente aos trabalhadores, na ação movida por servidores estaduais de São Paulo, mas que terá repercussão sobre todo o serviço público. Gilmar Mendes, Rosa Weber, Roberto Barroso e Teori Zavascki, posteriormente substituído por Alexandre Morais, que não votará na ação, foram contrários aos servidores. A decisão está nos votos dos ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Edson Fachin. Com a possibilidade de retomada do julgamento adiada, os servidores estão sendo convocados pelas entidades sindicais a retornar ao STF na tarde desta quinta- feira (21).
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