A lista de doenças relacionadas ao trabalho foi atualizada pelo Ministério da Saúde, com parecer favorável dos Ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social. O aprimoramento da lista ocorre 24 anos após sua instituição e acrescenta 165 novas patologias que causam danos à integridade física ou mental do trabalhador. Foram incluídas Covid-19, doenças de saúde mental, distúrbios músculos esqueléticos e outros tipos de cânceres. A quantidade de códigos de diagnósticos passa de 182 para 347.
A atualização traz ainda relação dos riscos para o desenvolvimento de doenças. O documento vai identificar essas patologias e apontar o diagnóstico e tratamento. As ampliações de jornadas e intensificação do trabalho nas modalidades remotas de trabalho estão no radar do mapeamento como agravantes dos riscos de adoecimento.
O Ministério Público do Trabalho reconhece a importância da atualização e afirma que as inclusões vão contribuir para a estruturação de medidas de vigilância e assistência que possibilitem locais de trabalhos mais seguros e saudáveis. A nova lista atenderá trabalhadores urbanos e rurais, sejam eles formais ou informais. A fonte principal de dados é o Sistema Único de Saúde (SUS).
Já o próprio Ministério da Saúde afirma que a adequação do protocolo às necessidades dos trabalhadores marca uma agenda prioritária para a atual gestão com a retomada do protagonismo na coordenação nacional da política de saúde do trabalhador e coloca os profissionais no centro do debate sobre saúde pública, considerando que a pauta não foi central nos últimos anos.
>> SUS foi principal fonte de dados. E no PJU?
O SUS foi a principal fonte de dados para esse aprimoramento da relação de doenças laborais. Mas, e no PJU, em que a imensa parcela das trabalhadoras e trabalhadores acessam serviços de saúde suplementar e nem todo órgão possui serviço próprio de saúde laboral, como a nova lista do Ministério pode repercutir?
No 5º Webinário – Política de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário promovido pelo Conselho Nacional de Justiça, em setembro deste ano, discutiu-se a necessidade de priorizar a atenção à saúde, em especial saúde mental, de magistrados e servidores, em um contexto de demanda crescente de prestação jurisdicional, sob perspectiva de efetividade da Política Nacional de Atenção à Saúde do Judiciário.
A discussão abordou temas como auxílio saúde, acesso a serviços no interior dos estados e a disparidade de sistemas de assistência. Mas, tudo isso está cingido à assistência suplementar – plano de saúde, nos mais das vezes privado. Como esses modelos privados podem cumprir papel assemelhado ao desempenhado pelo SUS para a saúde laboral?
Fontes:
EBC: https://is.gd/1B1Xrv
CNJ: https://is.gd/mJqAZh
Ministro Barroso expõe adesão à reforma da previdência
O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, em fórum sobre o Brasil ocorrido em Londres no último sábado (18/05), explicitou adesão à agenda ultraliberal do governo Bolsonaro.
Bolsonaro gastará 40 milhões com apresentadores de TV em propaganda da reforma da previdência
Bolsonaro gastará 40 milhões de reais em merchandising com apresentadores de TV em propaganda da reforma da previdência.
Dia 17 de Maio, dia Internacional contra a #LGBTfobia
Nesta sexta-feira é celebrado o Dia Internacional de Combate à Homofobia e Transfobia. A data foi escolhida em referência ao dia 17 de maio de 1990, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças.