O Congresso Nacional manteve o veto integral do presidente Michel Temer ao projeto de lei que tratava da instituição de negociações coletivas para os servidores públicos. Na sessão do Congresso Nacional ocorrida tarde e noite desta terça-feira (3), o veto chegou a ser derrubado no Senado, com 44 votos neste sentido. Mas na Câmara faltaram votos para derrubar o veto presidencial: foram 236 votos favoráveis a derrubar o veto e 66 contrários. Eram necessários 257 votos para que a lei aprovada e integralmente barrada por Temer passasse a valer.
Havia certa expectativa entre parlamentares de que o veto possa ser derrubado, porque a matéria foi aprovada sem grandes polêmicas nas duas casas. O PL 3831/2015 buscava regulamentar a negociação coletiva para servidores municipais, estaduais e federais. Ao vetar, Temer alegou haver ‘vício de iniciativa’ na proposta. Segundo ele, o projeto deveria ter saído do Executivo e não do Legislativo, por envolver alterações no regime jurídico de servidores. Também apontou inconstitucionalidade na proposta, por ser aprovada pelo legislativo federal e ter impacto sobre municípios e estados.
O projeto não assegurava a data-base dos servidores e nem continha medidas que forçassem o governo a cumprir a previsão constitucional de revisão anual dos salários. Mesmo assim, era visto por muitos setores sindicais como um avanço no sentido de pressionar os governos a negociar e a respeitar a data-base dos servidores.
O veto integral de Temer, ocorrido em dezembro, de certa forma expressou a pouca vontade do governo em negociar com o funcionalismo. A categoria lançou, em fevereiro, campanha salarial e de mobilização para 2018 conjunta. No dia 2 de março, representantes do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) foram recebidos no Ministério do Planejamento, onde defenderam demandas apresentadas numa pauta de reivindicações conjuntas protocoladas na pasta. O governo se comprometeu em marcar nova reunião em abril mas, até o momento, isso não ocorreu.
PEC 186 blinda militares e pode permitir bilhões em aumento de adicionais mesmo se “gatilhos” forem acionados
A PEC 186/19, a chamada PEC Emergencial, foi aprovada no Senado com uma mudança sutil de redação que vai blindar reajustes na remuneração de militares das Forças Armadas do alcance dos gatilhos de contenção de despesas, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
Sintrajuf-PE defende a categoria no STF contra congelamento salarial
O Sintrajuf-PE informa que o julgamento das ADIs 6447 e 6450 pelo plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) está previsto para começar hoje (05) e a expectativa é de que o encerramento se dê até o da 12 de março.
Sintrajuf participa de live sobre PEC32 promovida pelo deputado federal Carlos Veras
O Sintrajuf-PE foi convidado pelo mandato do deputado federal Carlos Veras (PT-PE) para uma live sobre a reforma administrativa, na última segunda-feira (1). O parlamentar reuniu representantes de sindicatos de várias categorias e da CUT para discutir a PEC32 e seus efeitos negativos sobre todos.