O debate sobre a compra de vacinas pela iniciativa privada cresceu na última semana de janeiro após o Governo Federal assinar uma carta de intenção para empresas brasileiras a obterem 33 milhões de doses da AstraZeneca, na condição de metade do lote ser destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar da destinação de parte da compra para a população, especialistas alertam sobre as consequências negativas que podem surgir com essa medida.
Apesar do apoio do presidente Jair Bolsonaro, a AstraZeneca declarou que não tem vacinas contra a COVID-19 para fornecer à iniciativa privada. Em comunicado, disse que “no momento, todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo da Covax Facility, não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado”.
Mesmo sem a possibilidade imediata de aquisição das vacinas, o professor de Direito Econômico na Faculdade de Direito da USP, Diogo Coutinho criticou a estratégia. “A vacinação privada vai acirrar as desigualdades já preexistentes e muito agravadas no caso brasileiro. As elites vão se vacinar antes e, ao se vacinar antes, vão deixar de fazer a pressão política imensa que só elas, as elites, são capazes de fazer em favor de uma vacinação massiva”, avaliou.
Para a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Global da USP, Deisy Ventura, a vacinação particular além de atrapalhar a imunização coletiva, também não garante a saúde de quem recebeu a dose, “Quando não existe uma estratégia de prioridade, de controle, a vacina vai iludir a pessoa que a recebeu, que provavelmente vai baixar a guarda em relação a outras medidas de proteção e pode ser infectada e transmitir a infecção a outras pessoas”, explica Ventura.
O contexto em que o Brasil vive na pandemia é grave em comparação a outros países. Com mais de 209 milhões de habitantes, até o momento, apenas 3,5 milhões de pessoas foram imunizadas com as primeiras doses das vacinas. No total, nove milhões de pessoas já foram contaminadas e mais de 230 mil morreram.
Texto: Mayara Moreira
Com informações do Portal Vermelho
Sintrajuf-PE convida categoria para ato no Derby dia 23 de março!
O Sintrajuf-PE convida toda a categoria para o ato político-cultural em defesa da democracia. Convocado por diversos setores sociais, o ato marca a passagem dos 60 anos do golpe de março de 1964.
TRE-PE responde sobre a restrição de folgas de 15/4 até 6/6 para cartórios eleitorais
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), desembargador Adalberto de Oliveira Melo, despachou respondendo a questionamento do Sintrajuf-PE sobre a motivação da restrição de folgas contidas na Portaria 773/2023.
Sintrajuf-PE defende movimento nacional pela reestruturação da carreira
O Sintrajuf-PE participou, neste sábado (16), do encontro do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) da Fenajufe, que reúne todos os sindicatos de base, para combinar ações conjuntas em favor de pautas decididas pela categoria.