O processo de licitação para contratar serviços de armazenamento de dados públicos em nuvem, no valor de R$ 245 milhões, é visto por profissionais da área de tecnologia como um risco à soberania brasileira.
O governo de Jair Bolsonaro defende a contratação de um serviço privado, afirmando que atende às necessidades de 140 órgãos e entidades, com o uso da nuvem representando economia na manutenção. No entanto, trabalhadores da área de tecnologia pública afirmam que as expertises do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) não foram levadas em consideração.
Leonardo Nichelatti, trabalhador do Serpro, afirma que não falta capacidade nas duas empresas públicas, eleitas algumas vezes como as melhores na área de tecnologia da América Latina. Segundo ele, a decisão é política e não técnica. O especialista, que é diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados no estado do Rio Grande do Sul, ressalta que os riscos do processo vão desde a violação de dados até o sequestro de informações, passando por retirada proposital de serviços do ar para fins lucrativos.
“É como se você pegasse os seus arquivos pessoais, colocasse em um pendrive e entregasse à guarda de outra pessoa. Ela tem os seus dados à disposição. Se não cuidar bem alguém pode roubar o pendrive, acessar os seus dados, fazer uma montagem com as suas fotografias, pode impedir você de pegar o pendrive se não pagar um resgate, pode sequestrar os seus dados.", alerta Nichelatti.
"Agora, imagina se nesse pendrive está a sua biometria, as informações fiscais suas e da sua empresa, todos os fornecedores, clientes, valor de notas fiscais de compra e venda. O perigo não está apenas aos dados, mas também aos serviços estruturantes do estado”, completa ele.Ainda de acordo com Nichelatti, o risco fica mais grave se a nuvem contratada for de empresas de empresas internacionais.
“Pior se a nuvem for em um país estrangeiro, pois ainda podemos sofrer algum tipo de embargo proposital. Imagina isso estar numa nuvem em um país externo, esse país faz um embargo, a empresa corta o serviço e nós ficamos sem arrecadação de imposto, ficamos com o comércio exterior paralisado. Imagina o caos que isso vai causar aqui dentro. Eu não imagino você abrir mão da sua soberania nacional em um ponto desse e sem necessidade.”
Fonte: Brasil de Fato
Reajuste dos benefícios aguarda sanção da LOA e ato do CNJ
O Sintrajuf-PE informa que, segundo contatos com as administrações dos tribunais regionais e superiores, o pagamento dos benefícios com o reajuste conquistado em 2022 está aguardando a sanção e publicação da Lei Orçamentária 2023
Reposição salarial (PL 2441/22). Amanhã termina prazo para sanção presidencial
O Projeto de Lei n.º 2441/2022, que altera a Lei n° 11.416/2016 para reajustar a remuneração dos servidores do Poder Judiciário da União, foi aprovado pelas duas casas do Congresso Nacional em 21 de dezembro passado e já remetido à sanção no dia seguinte. Amanhã, dia 11, termina o prazo para sanção
Presidentes dos Tribunais Regionais Federais assinam nota pública contra ataques bolsonaristas
Os presidentes dos Tribunais Regionais Federais, abaixo subscritos, manifestaram seu repúdio aos atos de violência cometidos contra os Poderes da República, no dia 08 de janeiro de 2023 por terroristas apoiadores do bolsonarismo.