Os servidores da Justiça Eleitoral realizam, no próximo dia 25, um encontro nacional para discutir a alteração do calendário das eleições 2020 e as implicações da realização do pleito em meio à pandemia do Coronavírus (COVID-19). A convocação da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) para o Encontro Nacional de Escolas Judiciárias Eleitorais (ENEJE) foi realizada em 8 de julho, após consulta virtual.
Os Sindicatos poderão indicar até três servidores do quadro da Justiça Eleitoral para participar do ENEJE, entre dirigentes e servidores da base. Destes, obrigatoriamente, um servidor em exercício em Cartório Eleitoral. Além do debate e ações sobre o tema, o encontro nacional tem o objetivo de produzir uma Carta Aberta à Sociedade, aos Presidentes da Câmara e do Senado, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos Tribunais Regionais Eleitorais, assinada pela Fenajufe, com o convite aos Sindicatos de base para a assinatura conjunta e divulgação na imprensa, com envio aos destinatários.
O encontro em Pernambuco, a ser convocado pelo Sintrajuf-PE, está marcado para o dia 20 de julho, através de plataforma digital. Uma nova publicação trará mais informações sobre o processo. O documento com os detalhes da convocação para o ENEJE feita pela Fenajufe estão no anexo desta notícia.
Com mais de 1,8 milhão de pessoas infectadas e mais de 72 mil mortes, a pandemia mantém a curva ascendente no Brasil. Além disso, diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) de distanciamento e uso de equipamentos de proteção foram exigidos. Mas, no Brasil, ações do presidente Jair Bolsonaro, a exemplo do veto ao uso obrigatório de máscaras em entidades públicas, comércios, escolas e igrejas, pode acentuar drasticamente os riscos de contágio durante o processo eleitoral.
A realização de uma eleição em plena pandemia exigiria inúmeras precauções, a começar pelos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para servidores e mesários, a higienização prévia dos locais de votação, a higienização, após cada voto, das cabines de votação, a obrigatoriedade de uso de máscara e a garantia de que todo o processo ocorrerá em ambientes arejados.
Para adotar essas medidas é necessário questionar se o orçamento pré-pandemia, destinado à realização das eleições 2020 será suficiente pra realizar todas as medidas de segurança necessárias. Outra pergunta versa sobre o adiamento das eleições pra novembro, podendo ainda, se não houver condições sanitárias, ser adiada pra dezembro em algum estado ou município. E se não houver condições em dezembro?
Dentro desse contexto está a categoria, que será obrigada a assumir a responsabilidade real sobre a realização das eleições. Trabalhadores com maior exposição ao vírus, arriscando a saúde física e mental, em atividades inerentes à organização das eleições, sobretudo nas atividades externas obrigatórias para a preparação e execução da eleição.
Diante desse panorama, convidamos toda a categoria a participar do Encontro Estadual no dia 20 de julho.
Documentos anexos na notícia:
Bolsonaro sanciona com vetos auxílio de R$ 600 mensais a trabalhadores informais
O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos, nesta quarta-feira (1º), a lei que estabelece um auxílio de R$ 600 mensais, por três meses, a trabalhadores informais. A proposta original previa um auxílio de R$ 200 mas os parlamentares, da Câmara Federal e Senado aumentaram o valor para R$ 600.
Diretoria divulga nota de solidariedade aos servidores do MPPE e ao SINDSEMPPE
SINTRAJUF/PE manifesta firme SOLIDARIEDADE ao Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco (SINDSEMPPE) e sua base na luta contra a desproporcionalidade das medidas de contingenciamento e falta de diálogo contidas na PORTARIA POR-PGJ N.º 629/2020.
Nota de solidariedade aos servidores do TJPE, categoria representada pelo SINDJUD-PE
O SINTRAJUF-PE vem a público manifestar firme SOLIDARIEDADE aos servidores do Tribunal de Justiça do Estado (TJPE), categoria representada pelo SINDJUD-PE, em sua luta contra as medidas de contingenciamento e falta de informação e diálogo contidas na PORTARIA N.º 13/2020 do Tribunal.