Milhares de trabalhadores, a maioria ciclistas e motoboys, que fazem entregas através de aplicativos vão parar as atividades, amanhã (01/07). O movimento é nacional e cobra mais segurança, alimentação durante a jornada de trabalho, taxas justas, licença remunerada em caso de acidentes, além do fim do sistema de pontuação e de bloqueios indevidos. O Sintrajuf-PE é solidário ao movimento da categoria que se mantém nas ruas neste momento de crise sanitária e está extremamente exposta aos efeitos do Coronavírus (COVID-19).
E é possível ajudar a causa dos entregadores. Basta não realizar pedidos através dos aplicativos amanhã. O boicote visa pressionar as empresas a adotar as medidas solicitadas pela categoria, que já lidava com a falta de assistência e direitos básicos e viu o cenário piorar em meio pandemia. De acordo com representantes do movimento, o lucro das empresas aumentou com a maior utilização dos serviços de entrega, mas o serviço segue com remuneração baixa.
Paulo Lima, o Galo, líder dos Entregadores AntiFacistas, ficou conhecido por ampliar o debate em torno da precarização da atividade e é um dos apoiadores da greve. “Tem entregador que pedala, pedala, pedala o dia inteiro. O cara está tão preocupado em sobreviver que, quando chega 23 horas, ele esquece que tem que voltar pra casa. Sabe o que ele faz? Ele dorme na rua porque não aguenta pedalar 30 km pra voltar pra casa!”.
“A uberização do trabalho é global, não só dos entregadores. É impossível e nem devemos parar esse movimento, mas é preciso regrá-lo. Se querem crescimento, expansão, isso deve ser feito com responsabilidade”, argumentou Galo.
Com informações do Portal Vermelho
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