Com o objetivo de cobrar das Centrais Sindicais reforço das ações contra a aprovação da Reforma da Previdência, prevista para ir ao plenário na Câmara dos Deputados em 19 de fevereiro, a Fenajufe e Sindicatos Filiados assinaram Carta Aberta conclamando à Greve Geral. A PEC 287/16 é uma determinação do mercado financeiro prontamente acolhida por um parlamento submetido ao alto empresariado nacional e ao lado da reforma trabalhista, representa o maior ataque já orquestrado contra os trabalhadores brasileiros.
A Carta Aberta pode ser lida a seguir:
CARTA ABERTA ÀS CENTRAIS SINDICAIS
GREVE GERAL JÁ PARA BARRAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA!
O ano de 2017 foi marcado por um ataque sem precedentes a direitos sociais. Mesmo sem legitimidade, com a aprovação popular próxima de zero e envolvido em incontáveis escândalos de corrupção, Michel Temer (PMDB) encaminhou o desmonte da CLT com a reforma trabalhista e a permissão para terceirização sem limites, aprovadas pela sua quadrilha de aliados no Congresso Nacional. No entanto, apesar de toda campanha mentirosa na imprensa e compra de votos de parlamentares, o governo encerrou o ano sem conseguir aprovar a reforma da Previdência, principal objetivo de Temer nesse início de 2018.
A retomada da ofensiva para aprovar o desmonte da Previdência já tem data marcada: 19 de fevereiro, dia indicado por Rodrigo Maia (DEM/RJ) para votação do projeto no plenário da Câmara. Para garantir os 308 votos necessários, Temer tem investido ainda mais recursos públicos na já habitual (e escancarada) tática de compra de votos, além de contar com o apoio da grande imprensa, que segue a narrativa catastrófica para a economia caso não retirados ainda mais direitos da classe trabalhadora brasileira. O discurso, no entanto, mantém intocáveis os verdadeiros privilegiados com a política de ajuste contra o povo: os grandes bancos, maiores devedores da Seguridade Social, além de abocanharem praticamente metade do orçamento da União com o religioso pagamento dos juros da dívida pública. O recente rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência Standard & Poors (acusada de fraude pela avaliação dos créditos imobiliários americanos em 2007/8) é mais um elemento de pressão na chantagem rasteira para levar a efeito o desmonte das aposentadorias pelo governo.
Nesse contexto, é urgente reconstruir, desde já, a mobilização para impedir um novo retrocesso com mais esse ataque a nossos direitos. O primeiro semestre de 2017 mostrou um grande potencial de resistência da classe trabalhadora brasileira, com a maior greve geral da história no mês de abril e uma histórica ocupação de Brasília reunindo mais de 250 mil ativistas na capital federal ao final de maio. Não é exagero a avaliação de que, fosse dado seguimento a esse processo de mobilização, talvez a famigerada reforma da Previdência já estivesse definitivamente enterrada. No entanto, o desmonte das greves gerais planejadas para junho e dezembro por parte das maiores centrais sindicais, aliados à priorização de outras pautas, inegavelmente, trouxeram prejuízo nessa luta que precisa ser prioridade máxima da classe trabalhadora nesse momento.
Assim, os signatários desta carta aberta dirigem-se às centrais sindicais para que urgentemente agendem reunião para discutir a convocação de nova greve geral para o dia 19 de fevereiro, a fim de derrotar definitivamente a tentativa de desmonte da Previdência. Com todo o “andar de cima” coesionado e usando de todas as armas disponíveis para tentar aprovar a reforma, a classe trabalhadora e todos os movimentos sociais organizados não podem, em hipótese alguma, abrir mão da principal arma de que dispõem para enfrentar os ataques: nossa unidade e mobilização. Só assim poderemos sair vitoriosos nesse combate.
FORA TEMER! NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA!
Assinam:
Fenajufe
Sintrajufe/RS
Sintrajud/SP
Sitraemg/MG
Sindjufe/BA
Sintrajufe/MA
Sintrajuf/PE
Sindjufe/MS
Sintrajufe/PI
Sindjufe/MT
Sindissétima/CE
Sindjus/AL
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